quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Pan de Pequim! Pan Pan Pan!



Procurarei ser breve nessa coluna. Não porque não tenho o que falar (comentar). Sim, para evitar polêmicas.

Vejamos o quadro de medalhas até o presente momento: http://pequim.espn.com.br/espn/site/olimpiadas/medalhas/. Observamos que nosso maravilhoso país se encontra abaixo de alguns países que quase desconhecemos como Cazaquistão, Quirguistão, Mongólia, atrás de um país que há 30 anos sofria fortes ataques norte-americanos, o Vietnã. Estamos colados (mas embaixo) da Armênia (mesmo número de medalhas, mas Armênia é com A – e até nisso, nós, brasileiros, temos azar!).

Onde estão todos os vitoriosos do Pan-Americano ano passado? Ou será que eles não eram tão bons assim? Tive até professor de pós falando que era só ajustar uns detalhes na parte técnica do Tiago Pereira para ser capaz de superar Phelps! Talvez tenha sido empolgação, pois o Tiago estava arrasando há 6 meses atrás. Mas, pergunto: arrasando quem e como?

Será que o Brasil pensou que, apenas sediar o Pan traria medalhas olímpicas? Ou esqueceram do principal: se preparar para a Competição Maior? Pois tenho certeza que o próprio Phelps tenha se preparado com muita antecedência para conquistar essas medalhas.

Preparar um atleta não significa só treiná-lo. Significa fornecer o essencial para que ele possa vencer. Enquanto o Brasil ainda acredita que o essencial seja fornecer moradia e alimentação (e mesmo assim, são poucos atletas que recebem tais benefícios em nosso país), países como Estados Unidos, China, Rússia e Itália evoluíram há muito tempo. Preparar para eles significa muito mais. Principalmente fornecer o doping ideal. Não acredito - mais uma vez digo! - que Phelps esteja “limpo” – ele é o auge do doping: o doping genético! Estamos presenciando uma nova fase de seres humanos (atletas): os atletas geneticamente modificados – sinto-me honrado por presenciar isso!



O que me revolta não é o doping de Phelps e Cia. Revolta-me comentaristas da rede globo citarem como exemplo de doping os nadadores da Alemanha Oriental na década de 70, dizendo que denegriram a imagem da natação naquele período. Se os atletas de antes denegriram a imagem, e os de hoje? Não vejo o doping como vilão do esporte – não quando todos (ou quase todos) o utilizam.
Concluirei essa breve coluna citando o que o extremamente caro Pan Americano do Rio 2007 deixou de herança para o Brasil:
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Obrigado!
Rodrigo Dall’Aqua

Infelizmente, nosso único representante no Levantamento de Peso não conseguiu realizar com sucesso o arremesso com 162 kg. Mas PARABÉNS para o atleta Welisson Silva, pois mesmo sem muito apoio e incentivo, conseguiu ser uns dos melhores arranques em sua categoria!