quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Brasil Imperial

Voltando a postar no blog, e celebrando ainda a passagem de ano, venho primeiramente desejar a todos os leitores do blog um “Feliz 2009, e que venham muitos pesos para levantarmos!”. Antes de tudo, gostaria de comunicar que um leitor, mês passado enviou-me uma pergunta sobre os tipos de energia que nosso corpo possui e os modos de gastá-la, mas no dia em que abri minha caixa postal, não li a pergunta toda, mas ao reabri-la no dia seguinte o e-mail já não estava lá. Por isso, ao leitor que me enviou a pergunta, se puderes enviar-me novamente, agradecerei.



Agora comentarei sobre um grande problema em nossa sociedade. O Brasil, como todos sabem, foi colonizado pelos portugueses. Estes, vindo do continente Europeu, mas de cultura diferente da dos germanos, italianos, noruegueses, russos. Povo parecido com o espanhol. Povo sem a cultura da força. Povo sem a cultura da “Guerra”.




Há quem diga que a guarda pessoal do Imperador na época de conquistas na Roma Antiga era composta pelos germanos. Chegavam a ser mais treinados na Arte da Guerra do que os famosos e temidos pretorianos. Os povos bárbaros eram extremamente fortes. e esta designação abrangia tanto os germânicos quanto os hunos, de origem oriental, como os godos, e celtas, e também os gauleses.


Voltando ao Brasil, fomos colonizados por um povo de saqueadores, que não se preocuparam no desenvolvimento da “Nova Terra”. Povo que se desenvolveu graças aos escravos. Os romanos também. Mas os romanos iam para a guerra. Faziam força. Já os portugueses, sentavam em frente a casa, e observavam os escravos realizarem todas as tarefas do dia. Assim, símbolo de fartura e riqueza, ao invés da força e experiência em guerra, passou a ser o volume da barriga. Se o senhor de engenho fosse barrigudo e folgado: - esse é rico porque tem tudo do bom e do melhor sem fazer “esforço”! Se fosse um senhor de engenho magro ou forte: - esse é pobre, pois tem que pôr a “mão na massa!”.



Essa visão foi passada de geração para geração.




Hoje ainda observamos fortes resquícios disso. O Brasil está virado em um país de gordos e fracos. O homem brasileiro está se tornando mais fraco do que a mulher. Considera-se “forte” no Brasil um ator de novela com o abdominal marcado de tanto winstrol, clembuterol e GH ou um “fisiculturista” que põe míseros 100 kg no supino ou não agacha com mais de 100 kg. Não é forte, não nos padrões brasileiros, um homem como o Sr. Valantin Dicul, não visualmente.









Observamos nas escolas que o menino não está desenvolvendo sua força porque fica grande parte do tempo jogando videogame ou no computador. Já a menina, brinca de pular corda, corre, brinca de boneca, faz tudo que precisa para desenvolver sua musculatura. Ainda não entrou na cultura das meninas a atividade de horas e horas jogando um jogo de futebol no videogame. Quando praticam esportes, as gurias jogam vôlei, basquete, caçador, e outros esportes como futebol, esse, o único esporte praticado pelos guris.




Temos que modificar essa cultura. Não é concebível - não nos tempos atuais – acreditar que quem é sedentário e desleixado com seu único instrumento, é esperto, é rico, inteligente. Enquanto aquele que usa e desenvolve seu instrumento, fazendo força, trabalhando, é um estúpido, ignorante, pobre. Hoje sabemos que, se desejarmos enriquecer de modo lícito, teremos que suar muito. Bill Gates não construiu seu império de um dia para o outro. Há poucos modos de ganhar dinheiro sem trabalhar: loteria, programas bestas como o Big Brother, vender seu corpo e assumir um cargo político. Estacionamento também está gerando muito lucro.







Assim, observamos cada vez mais políticos fracos e gordos, pessoas superficiais na telinha – que preferem plástica/maquilagem a treino/dieta. Mas ao procurarmos na história, observaremos que quem segue essa mentalidade vive em países colonizados pelos portugueses, espanhóis ou até pelos ingleses. Nos países com a cultura da guerra, do trabalho, como Rússia, Alemanha, China, Israel, etc., observamos que o forte também é considerado um sábio. Porque eles sabem que a “força bruta” também é uma espécie de sabedoria. Quem pensa que não, é porque nunca treinou para levantar 100 kg sobre a cabeça em um movimento chamado de arremesso.





Os orientais pregam isso há mais de séculos. A mente também é desenvolvida com o trabalho físico. Só nós fomos criados com a mentalidade de que se você praticar esportes demais, irá ser um ignorante. Apesar de que esse fato, no Brasil, é verídico. Observem os níveis de inteligência dos jogadores de futebol mais habilidosos. São muito inteligentes para o que fazem. Para o resto, sem comentários. Mas isso também se deve à nossa fraca educação escolar. Poucos colégios ensinam cultura. Preocupam-se mais em ensinar matérias superficiais que irão cair no vestibular. Consideram mais importante do que a História de heróis do passado e do presente. Não aprendemos sobre a história de Mandela, dos Pracinhas que representaram o Brasil na II Guerra Mundial. Isso não é matéria de vestibular!




Pretendo, com esse texto, mudar um pouco o conceito/imagem que a população que não pratica treinamento com pesos possui sobre o levantador de peso, sobre o atleta de força. Claro que, devido a tudo que foi citado anteriormente, no Brasil existem muitos “atletas de espelho” que degredem a imagem dos verdadeiros atletas, ou usando uma quantidade absurda de esteróides – alguns injetam até óleo no braço para deixá-lo maior! – ou arrumando brigas com “todo mundo” – “todo mundo” que é menor e mais fraco do que ele, porque quando o adversário possui uma “carcaça” eles desistem - para aparecer ou se mostrar para alguém.



Dúvidas ou informações, postem comentários ou enviem um e-mail para rdallsantos@hotmail.com.



Obrigado!

Rodrigo Dall'Aqua